Este Blog é dedicado ao debate dos mais diversos temas pertinentes à Geografia e ao Geógrafo. É um espaço de interação, em que você pode tirar dúvidas, fazer contatos e conhecer outros profissionais geógrafos. Participe, proponha, informe, discuta! Enfim, aproveite! E seja bem vindo!







quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Dia 09 de novembro, aniversário da Aprogeo-SP !

Prezados Associados e membros da Diretoria;

Estamos completando sete anos de atuação, e é impossível deixar de fazer uma reflexão sobre essa caminhada. Foram muitos os desafios, derrotas e superações. Basta olhar sobre o ombro para ter a noção exata do quanto caminhamos, embora a passos lentos. Ao descansar os olhos no horizonte à nossa frente, enxergamos objetivos claros, uns mais próximos, outros bem mais distantes. Nosso empenho e comprometimento crescentes nos trazem a certeza de que todos esses objetivos, ao seu tempo, serão alcançados. A nossa atuação é a cada dia mais eficiente, sem deixar de ser prazerosa. Sim, temos prazer em saber que nosso esforço ajuda cada geógrafo a ser reconhecido e respeitado como tal em seu ambiente de trabalho, na conquista de seu espaço, na realização plena de suas potencialidades profissionais, na defesa de uma remuneração digna e que tudo isso, no final das contas, se traduza em mais (e melhor) tempo de convívio com seus amigos e familiares.

Enquanto sopro as velinhas, gostaria de agradecer sinceramente a todos aqueles que continuam acreditando na importância da existência de uma associação voltada exclusivamente à defesa dos interesses profissionais dos geógrafos no Estado de São Paulo.
Saudações

Geógrafo Renato Felippe
diretor
gestão 2010-2012

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

APROGEO-SP SORTEIA VAGAS PARA EVENTO DE SENSORIAMENTO REMOTO (MUNDOGEO)

A APROGEO-SP está apoiando mais este evento da MUNDOGEO. E estamos sorteando inscrições gratuitas para o evento. São 3 inscrições, que serão sorteadas entre os associados adimplentes. Inscreva-se até o dia 20/10/2011, enviando email para a Lista de Discussão da APROGEO no Yahoo!


Está disponível a programação completa do seminário de sensoriamento remoto

Evento acontece no dia 27 de outubro, em São Paulo.
O MundoGEO (http://mundogeo.com/), com o apoio de várias empresas do setor de geotecnologias, promoverá, no dia 27 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP), o seminário “Soluções em Imagens da Terra para Uso Corporativo”. As inscrições podem ser feitas pelo link http://mundogeo.com/seminarios/imagens2011/inscricoes.html.

Em formato diferenciado, no estilo talk-show, esse evento tem o objetivo de reunir especialistas e usuários de imagens de satélite, como profissionais de empresas públicas e privadas, da área de meio ambiente, agronegócios, infraestrutura e gestão territorial, para apresentar e debater sobre as tendências e os resultados na área de sensoriamento remoto, além de promover a troca de experiências sobre esse assunto.

A programação completa do seminário já está disponível. Confira o que será destaque no evento:

9h às 10h - Qual o sensor ideal?

Nesta palestra, o participante poderá conferir qual é o melhor sensor para cada tipo de projeto, a partir das características de cada fonte de imagem disponível, seja ótica, radar ou laser, em sensores orbitais ou aerotransportados

Antonio Machado, Diretor da AMS Kepler Engenharia de Sistemas

10h às 11h - Sensores em satélites vigiando o dia a dia na área rural

Veja as inúmeras aplicações das imagens de média resolução e alta taxa de revisita no campo
Mateus Batistella, Chefe Geral da Embrapa Monitoramento por Satélite
Pierre Duquesne, Diretor Geral da Astrium Geo no Brasil
Iara Musse, Diretora da Santiago & Cintra Consultoria

11h30 às 12h30 - Imagens de satélites mostrando em tempo quase real o que muda no espaço urbano

Saiba como as imagens de alta resolução podem auxiliar no projeto, implantação e monitoramento das interferências nos centros urbanos

Lucio Muratori Graça, Diretor de Marketing Imagem
Pierre Duquesne, Diretor Geral da Astrium Geo no Brasil
Alexandre Derani, Diretor da Digibase

14h às 15h - Novas aplicações do mapeamento 3D a partir de imagens laser e radar

Descubra como é feita a coleta, processamento e aplicação das nuvens de pontos obtidas por sensores ativos
Antônio Luis C. Freitas, Presidente da Aeroimagem Engenharia e Aerolevantamentos
Marco Néia, Gerente Comercial da Engefoto Engenharia e Aerolevantamentos
Marzio Laurenti, Diretor da Telespazio Brasil

15h às 16h - Resultados obtidos a partir de câmeras de pequeno e médio formato

Entenda as principais diferenças das imagens coletadas por câmeras de baixo custo em relação às fotogramétricas tradicionais
Valther Aguiar, Diretor Técnico da Esteio Engenharia e Aerolevantamentos
Michael Steinmayer*, Diretor Executivo da SulSoft
Weber Pires, Diretor Regional da Engemap Engenharia e Aerolevantamentos

16h30 às 17h30 - A invasão dos VANTs promete revolucionar o mercado

E por fim, conheça qual a relação custo benefício da coleta de imagens a partir de veículos aéreos não tripulados

Onofre Trindade*, Professor Doutor do Departamento de Sistemas de Computação da USP
Marcio Polanski, Diretor Técnico e Comercial da Softmapping Engenharia, Cartografia e Geoprocessamento
Karlus Macedo, Gerente de Projetos da Orbisat da Amazônia e Aerolaventamentos

* palestrante a confirmar

A mediação das palestras ficará por conta de Emerson Granemann, engenheiro cartógrafo, diretor e publisher do MundoGEO.

Este seminário é uma realização do MundoGEO, responsável pelas revistas InfoGEO e InfoGNSS, pelos portais MundoGEO e InfoGPS e pelo evento anual MundoGEO#Connect. Além disso, o evento conta com o patrocínio da AMS Kepler, Santiago&Cintra Consultoria e Esteio, e com o apoio da Associação Brasileira de Engenheiros Cartógrafos Regional São Paulo (Abec-SP), APROGEO-SP, do Instituto Geodireito e do UOL.

As vagas são limitadas. Para mais informações sobre o evento, consulte o site http://mundogeo.com/seminarios/imagens2011 ou entre em contato com a equipe MundoGEO pelos telefones (41) 3338-7789 ou (11) 4063-8848, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h. Você pode ainda enviar um e-mail para seminarios@mundogeo.com ou saber das últimas novidades pelo Twitter @mundogeo.

Serviço

Seminário: “Soluções em Imagens da Terra para Uso Corporativo”
Data: 27 de Outubro (credenciamento a partir das 8h)
Local: Centro de Convenções Frei Caneca, Rua Frei Caneca, 569, Consolação, São Paulo (SP)
Mais informações e inscrições: http://mundogeo.com/seminarios/imagens2011


Sobre o MundoGEO
O MundoGEO, fundado em 1998 e com sede em Curitiba, é líder na América Latina em ações para integrar e desenvolver o mercado de geomática e serviços de localização, através do apoio e organização de eventos, como este seminário, e de projetos de comunicação e educação pelos meios impressos e eletrônicos. Publica duas importantes revistas direcionadas ao setor: InfoGEO, sobre imagens de satélite e Sistemas de Informação Geográfica (GIS); e InfoGNSS, com foco em agrimensura e cartografia. Nesta área a empresa conta com o Portal MundoGEO, com conteúdo diário em português, espanhol e inglês, líder em visitantes na América Latina. Organiza seminários online e presenciais sobre geotecnologia. Em parceria de conteúdo com o UOL, atua na área de geomobilidade com o Portal InfoGPS que, juntamente com o Portal MundoGEO, possui mais de 60 mil profissionais cadastrados e mais de 10 mil seguidores nas redes sociais. Em 2011, o MundoGEO lançou a rede social GeoConnectPeople, uma iniciativa para integrar o mercado global de geotecnologia. Na área de sustentabilidade, mantém o Portal Atitude Sustentável, também em parceria com o UOL. De 14 a 16 de junho deste ano, realizou o MundoGEO#Connect, em São Paulo (SP), evento que reuniu mais de 7,5 mil profissionais do setor.

sábado, 8 de outubro de 2011

EVENTO - SORTEIO DE VAGAS GRATUITAS - GEOTECNOLOGIAS (MUNDOGEO)

A APROGEO-SP está apoiando o Seminário Geomática nas Obras de Engenharia e Infraestrutura, promovido pela Editora MUNDOGEO.

Mais uma vez, APROGEO e MUNDOGEO estão oferecendo vagas gratuitas para profissionais geógrafos que sejam associados adimplentes. As vagas serão sorteadas entre aqueles que informarem interesse em participar do evento. Não deixem de atentar para o fato de que o evento será realizado em São Paulo, no dia 27/10, quinta-feira. Veja a programação logo abaixo!

Para inscrever-se no sorteio, envie e-mail, para o grupo, com seu nome completo. Após a realização do sorteio, informaremos quais serão os associados participantes. Lembrando que as inscrições deverão ser enviadas, impreterivelmente, até 20/10.

Boa sorte!
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Programação completa do seminário de automação topográfica já está disponível

A MundoGEO (http://www.mundogeo.com/ ), em parceria com empresas do setor de geotecnologias, está promovendo o evento Geomática nas Obras de Engenharia e Infraestrutura, no dia 27 de outubro, no Centro de Convenções Frei Caneca, em São Paulo (SP).

As inscrições podem ser feitas pelo link http://mundogeo.com/seminarios/geomatica2011 .

domingo, 11 de setembro de 2011

ENCONTRO DE GEOGRAFIA 2011 - UNICSUL

A APROGEO participará do Encontro de Geografia da UNICSUL, entre os dias 26 e 30 de setembro. Veja a programação abaixo. Inscreva-se: encgeo@yahoo.com.br

Programação:
Dia 26/09- (8h): Profa. Dra. Bianca Carvalho Vieira. Docente do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, do Programade Pós-Graduação em Geografia Física da Universidade de São Paulo. Tema: “Modelagem Matemática e a Previsão de Movimentos de Massa na Paisagem"

Dia 27/09 (8h): Prof. Dr. Eduardo Abdo Yázigi. Livre Docente doDepartamento de Geografia da Universidade de São Paulo, do Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo. Tema: “Mitos e Equívocos da Organização do Turismo no Brasil: TurismoComunitário e Educação”.

Dia 27/09 (10h): Prof. Dr. Jurandyr Luciano Sanches Ross. Docente do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, do Programa de Pós-Graduação em Geografia Física da Universidade de São Paulo. Tema: “Ecogeografia e Planejamento Ambiental”.

Dia 28/09- (8h): Renato Felippe. Geógrafo, formado pela Universidadede São Paulo, especialista ambiental, Diretor da Associação Profissional dos Geógrafos no Estado de São Paulo (APROGEO-SP) efuncionário da Petrobrás. Tema: “A Geopolítica do Petróleo”.

Dia 29/09. (8h): Prof. Dr. Fabio Betioli Contel. Docente do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, do Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo. Tema: "Rede Urbana e Regionalismo Bancário no Brasil".

Dia 30/09. (8h): Prof. Dr. José Bueno Conti. Livre docente do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, do Programa de Pós-Graduação em Geografia Física da Universidade de São Paulo. Tema: “A Importância da Geografia para o Encaminhamento da Questão Ambiental"

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

ALGUNS CONCURSOS PARA GEÓGRAFO

Há vagas para Geógrafos nas Prefeituras de Maracanau - CE e de Taboão da Serra - SP

Maracanau:

Taboão da Serra:


Em Taboão da Serra, os salários estão em torno de R$4.000 e em Maracanau, cerca de R$2.000.
Em ambas as prefeituras existe uma equiparação salarial entre as carreiras do CREA, contudo, o pagamento do piso salarial da categoria não ocorre. Ainda persistem as prerrogativas judiciais de que o piso salarial não é válido para carreiras públicas estatutárias. Tradicionalmente com salários mais baixos que os engenheiros e arquitetos, a contratação dos profissionais geógrafos está sinalizando uma mudança gradativa no mercado público com a equiparação salarial.

Fique atento aos prazos de inscrição! Vamos ocupar nosso espaço no mercado de trabalho! Em Taboão da Serra será o terceiro geógrafo contratado por meio de concurso público!

PRÓXIMA REUNIÃO AGENDADA

A próxima reunião da APROGEO-SP está prevista para 17/08/2011, na Sede da ONG pela VIDDA, Rua General Jardim, 566 - Vila Buarque - São Paulo/SP. As reuniões se iniciam às 19h15min. Fique atento às convocações! Participe!

Assuntos Principais:
  1. documentação para o processo no CREA (termos de adesão)
  2. situação financeira.
Outros assuntos (podem sugerir outros)
  1. evento na Unicsul
  2. última reunião do CREA - Câmara de Agrimensura
  3. programação de cursos para 2011

quinta-feira, 9 de junho de 2011

APROGEO-SP está apoiando o MundoGEO#Connect

A APROGEO-SP está apoiando o MundoGEO#Connect! O evento mais importante de Geotecnologias no Brasil será realizado entre os dias 14 e 16 de junho, no Centro de Convenções Frei Caneca - SP.

Afiliados quites com a anuidade poderão obter 10% de desconto na inscrição para o evento. Também será realizado sorteio de duas inscrições gratuitas para os associados que se inscreverem enviando emails para lista com o título INSCRIÇÃO, manifestando seu interesse em participar e nome completo. As inscrições poderão ser realizadas até do dia 12/06.

Lembrando que o evento terá a duração de 3 dias e que é interessante que os inscritos para o sorteio possam dispor de tempo para aproveitar os debates, workshops, palestras, encontros de usuários e materiais fornecidos pelo evento.

No mesmo período também haverá uma Feira de Geotecnologias no Centro de Convenções, com entrada gratuita. Aproveite para conhecer novas tecnologias!


Diretoria da APROGEO-SP
Gestão 2010-2012

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Manifesto contra itens da lei de criação do CAU‏

Prezados Geógrafos;

A Diretoria da Associação Profissional dos Geógrafos no Estado de São Paulo – APROGEO-SP vem à público manifestar seu contentamento pela criação do Conselho de Arquitetura e Urbanismo – CAU, conforme sancionado pela Lei nº 12.378 de 31/12/2010. No entanto, a referida lei não é só motivo de júbilo. Os geógrafos não podem fazer vistas grossas ao conteúdo dos artigos 2º, 3º, 4º e 11º da citada lei. Nestes, atribui-se ao CAU o direito de definir, isoladamente, o campo de atuação privativa do arquiteto, contrariando legislação vigente, além de restringir o uso da expressão “urbanismo” e designações similares. Lembramos que a APROGEO-SP já havia se manifestado contrariamente a estes pontos, em 2009, quando a discussão ainda se encontrava no escopo do Projeto de Lei 4413/2008.
Sendo assim, não podemos deixar de manifestar nosso repúdio ao que entendemos ser uma tentativa extemporânea de apropriação da questão urbana como um mercado exclusivo de atuação daquela categoria profissional. A Diretoria da APROGEO-SP defende que a atuação profissional em questões transversais, a exemplo do meio urbano e do meio ambiente, não deve ser exclusividade - ou prioridade – de determinada categoria profissional. É nosso intento valorizar e respeitar as excelentes parcerias que arquitetos e geógrafos estabeleceram ao longo dos anos.

Diretoria da APROGEO-SP
São Paulo, abril de 2011.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Convocação para a Reunião Mensal de Diretoria (14/04/2011)

APROGEO-SP - Associação Profissional dos Geógrafos no Estado de São Paulo

Convocação para a Reunião Mensal de Diretoria
Data: 14/04/2011 (quinta-feira)
Horário: 19h15 as 21h15

Local: SESC Consolação
Rua Doutor Vila Nova, 245
Consolação, São Paulo-SP

PAUTA

1. Calendário de reuniões.
2. Informes da Tesouraria:
- andamento da documentação a ser enviada à Receita Federal e Prefeitura.
- envio dos boletos de cobrança das anuidades.

3. Lei de criação do Conselho de Arquitetos e Urbanistas:

- Lançamento do manifesto contra lei de criação do CAU.

4. Documentação para abertura de novo processo de inserção no CREA:
- Andamento da documentação comprovando a atuação da Associação entre maio/2008 e maio/2011.

5. Participação na CEEA (Câmara de Agrimensura) do CREA:
- Repasse das decisões da Câmara acerca dos processos de geógrafos (PF ou PJ).

6. Cursos e Eventos:
- Repasse da integração com os calouros na Geografia USP, no dia 28/03/11.
- Fechar grade de cursos e preparar divulgação.
- Elaborar evento para o Dia do Geógrafo (29 de maio)

7. Associados:
- Quantidade atual e perspectivas.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

APROGEO-SP ENTREVISTA GEÓGRAFO DIRETOR TÉCNICO DO NÚCLEO DE MONUMENTOS GEOLÓGICOS DO INSTITUTO GEOLÓGICO DO ESTADO DE SÃO PAULO - SMA

Dando continuidade à sequência de entrevistas realizadas pela APROGEO-SP, a associação publica uma terceira conversa no Blog, agora entrevistando o Geógrafo Rogério Rodrigues Ribeiro, ainda em relação ao tema dos Riscos de Escorregamento e de Inundações. Abordando questões práticas e reais da atuação do profissional geógrafo, Rogério nos permite conhecer mais a respeito da prevenção, monitoramento e fiscalização de áreas de risco pelos órgãos públicos estaduais e municipais. Comenta ainda sobre legislação ambiental, planejamento urbano, minimização de impactos ambientais, compensação, infrações e multas.

Aproveitamos para agradecer ao Geógr. Rogério pela entrevista concedida ao nosso Blog. Convidamos a todos a participar, deixando suas dúvidas e comentários!

Currículo

Rogério Rodrigues Ribeiro

Geógrafo desde o ano 2000 pela Faculdade de Filosofia Letras e Ciências da Universidade de São Paulo (USP) onde também concluiu a licenciatura em Geografia. Mestre em Ciências (Programa de Geologia Sedimentar) pelo Instituto de Geociências da USP em 2003 e Especialista em Engenharia de Controle da Poluição Ambiental, pela Faculdade de Saúde Pública da mesma Universidade. Atualmente é Pesquisador Científico III, Diretor Técnico do Núcleo de Monumentos Geológicos do Instituto Geológico-SMA, desenvolvendo trabalhos nas áreas de Geomorfologia, Riscos Geológicos e Patrimônio Natural Geológico do Estado de São Paulo.

Currículo Lattes
http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4250224E0



(APROGEO-SP) Você atuou como geógrafo em diversos órgãos públicos estaduais e municipais. É comum encontrar geógrafos atuando na identificação, prevenção e monitoramento de riscos nos órgãos públicos? Qual é a importância do trabalho do geógrafos nestas entidades?

(Geóg. Rogério Ribeiro) São muito poucos os geógrafos que tem atuado na gestão dos desastres naturais, em especial nos órgãos públicos. E isso é um sério problema, pois o geógrafo possui excelentes competências para atuar nessa área tão importante e com tamanha visibilidade nos últimos anos. É um campo promissor aos geógrafos. Explico mais. A gestão dos riscos pode ser dividida basicamente em quatro partes: prevenção, preparação para emergências e desastres, resposta e reconstrução. A prevenção é uma etapa onde o geógrafo pode participar na elaboração de cartas geotécnicas, mapas de suscetibilidade, mapeamentos das áreas de risco; desenvolvimento de projetos de educação ambiental contendo noções básicas de legislação ambiental e urbana e de percepção do risco a desastres. Na etapa de preparação para emergências e desastres, cabe a atuação dos geógrafos no desenvolvimento de planos de contingência, sistemas de alerta, planos preventivos, cursos de capacitação em Desastres, bem como desenvolver pesquisas nessa área. Na etapa de resposta ao desastre vejo que podemos atuar também na assistência às populações vitimadas, como, por exemplo, nas atividades assistenciais e de reabilitação do cenário do desastre, por meio da realização de vistorias, elaboração de pareceres e recuperação de unidades habitacionais de baixa renda. Por último, a etapa da reconstrução. Nesta cito ações para recuperar ecossistemas, reduzir vulnerabilidades, promover o ordenamento do uso e ocupação do solo, entre outras.


(APROGEO-SP) Como é realizado o mapeamento das áreas de risco de escorregamento e de inundação? Quanto tempo é necessário para elaborar um mapeamento desse tipo?

(Geóg. Rogério Ribeiro) O mapeamento de áreas de risco a escorregamento e inundação é uma ação que integra a etapa de prevenção aos Desastres Naturais. Para falarmos de mapeamento de áreas de risco é necessário entender basicamente o conceito de risco adotado para realizar estes trabalhos. Risco é considerado o produto da relação entre a probabilidade de ocorrência do escorregamento ou inundação, com a vulnerabilidade das formas de uso e ocupação e com o dano potencial a bens e pessoas. O mapeamento das áreas de risco de um dado espaço deve conter alguns mapas básicos como os de pluviosidade (excedente hídrico), compartimentação do terreno (morfologia e pedologia), vegetação e de uso e ocupação do solo. A partir dos mapas de pluviosidade e de compartimentação do terreno podemos fazer uma análise da suscetibilidade e perigo a escorregamento a que está sujeito aquele espaço em estudo. Já os mapas de vegetação e uso permitirão uma análise e compreensão melhor da vulnerabilidade e do dano potencial a que estão sujeitas as pessoas e bens em situação de risco. Juntando essas informações teremos condições de elaborar um mapeamento das áreas, bem como do grau de risco em que elas se encontram. O tempo necessário para a elaboração de um mapeamento de risco depende, basicamente, do tamanho do espaço a ser mapeado, número de equipes disponíveis para as atividades de gabinete e de campo, bem como contar com o mínimo de recursos que viabilizem o projeto.

(APROGEO-SP) Qual o papel da fiscalização ambiental municipal na prevenção aos riscos e qual a situação deste serviço público nas prefeituras?

(Geóg. Rogério Ribeiro) A fiscalização ambiental tem um papel fundamental na prevenção dos riscos a escorregamentos e inundação no domínio geográfico dos municípios. Um dos principais instrumentos a serem utilizados pelo fiscal ambiental nas prefeituras é o Código Florestal, especialmente em seu artigo 2º, que trata das Áreas de Preservação Permanente. Este documento postula a preservação de áreas situadas em topos de morro, margens de curso d' água, vertentes acima de 45 graus, planícies de inundação, entre outras, que na maioria das vezes são ocupadas de forma irregular e potencializam a origem de numerosas áreas de risco. As Lei Lehmann e de Crimes Ambientais, bem como seu decreto regulamentador, são também documentos que complementam a ação do agente fiscal. Entretanto, penso que a atuação do fiscal ambiental deve ser feita de forma compartilhada e integrada com os demais agentes municipais, especialmente os de uso urbano, da vigilância sanitária e de defesa civil, uma vez que esses setores contam com legislação própria e que são complementares às normas jurídicas ambientais. Quanto à situação desses servidores municipais nas ações de fiscalização, penso que é bastante preocupante. Somente nos últimos anos é que se tem observado que os quadros de agentes fiscalizadores ambientais são preenchidos por concursos públicos de carreira, com estabilidade, em substituição àqueles técnicos que assumiam os cargos por meio do comissionamento. Muitos dos servidores no cargo em comissão não se sentem seguros no cumprimento de suas funções, pois estão sujeitos ao "bom humor" e aos ditames daqueles que os mantém no cargo de confiança. Outro problema é o recorrente "déficit" de servidores. Muitos fiscais são responsáveis por fiscalizar até vários quilômetros quadrados de área. É necessário muito mais concursos. Finalmente, para ser um fiscal é necessário ter uma boa graduação e pesquisar bastante. Deve-se ter conhecimento mínimo dos principais atributos da biodiversidade (fauna e flora), da geodiversidade (geomorfologia, pedologia, geologia e climatologia) e de gestão ambiental (uso e ocupação, legislação, poluição, etc.). Acredito que o profissional formado em geografia possui bom trânsito nas áreas de fiscalização e licenciamento nas três esferas do poder público.


(APROGEO-SP) Os riscos de escorregamento estão diretamente associados à ocupação irregular de encostas, assim como os riscos de inundação em relação à ocupação das planícies fluviais. Como valorar ambientalmente o impacto causado por estas ocupações, que podem ser interpretadas como infrações ambientais, na aplicação de multas?

(Geóg. Rogério Ribeiro) Esse é um ponto complicado. No meu entendimento, aplicar sanções de multa em bens ambientais é muito mais complexo do que em muitos outros bens materiais. Para a aplicação de sanções de multa em pecúnia para cada atividade ou conduta lesiva ao meio ambiente, por exemplo, é necessário fazer um pequeno trabalho de valoração ambiental. Este é o primeiro problema que vejo. É uma atividade em que o fiscal não deve atuar sozinho. Deve contatar demais colegas das áreas da geodiversidade, da biodiversidade e da área sócio-econômica. Este trabalho de diagnóstico do impacto ambiental deve ser inter e multidisciplinar. É a partir deste estudo que o profissional da fiscalização terá melhores condições de fazer um cálculo adequado para a sanção de multa simples em pecúnia para as infrações administrativas ambientais. Um segundo problema a observar é que tanto a Lei de Crimes Ambientais, quanto seu Decreto Regulamentador, não definem ou fornecem o valor em pecúnia de cada unidade do objeto ambiental avaliado, como hectare, quilograma, metro cúbico, entre outros, que atendam às particularidades dos ecossistemas dos Estados e de seus respectivos municípios. Esta medida é fundamental para a melhor composição do dano ambiental e, conseqüentemente, facilitar a atividade fiscalizatória por partes dos agentes, diminuindo suas margens de livre arbítrio e poder discricionário. Como último problema, vejo que os agentes fiscais e licenciadores ambientais e de uso e ocupação do solo necessitam de uma adequada legislação que acolha suas atividades e atribuições, apoio político e suporte jurídico necessários para controlar as atividades e condutas lesivas ao meio ambiente.


(APROGEO-SP) É realmente possível prever a dimensão de escorregamentos com antecedência suficiente para retirar a população do local, ou a única opção segura é impedir a ocupação desses locais?

(Geóg. Rogério Ribeiro) Vejamos. O estudo da relação entre a forma de ocupação do espaço e a deflagração de potenciais desastres naturais pode ser dividido basicamente em dois momentos distintos: Prevenção e Intervenção. Em tese, antes de qualquer ocupação de um determinado espaço deve-se conhecer as condições do terreno, suas suscetibilidades e vulnerabilidades a processos geoambientais, em especial o de escorregamentos. Por meio de uma carta geotécnica ou de um bom mapa geomorfológico, é possível orientar diversas ações e/ou políticas públicas como zoneamentos ecológico-econômicos, planos de gerenciamento costeiro e, em nível local, os planos diretores municipais, entre outros. Estes documentos são valiosos instrumentos para orientar a correta forma de ocupação do solo, prevenindo a instalação de edificações em situação de risco. Entretanto, por motivos históricos ou por desrespeito a essas ações preventivas, temos hoje muitos municípios com boa parte de seu território seriamente comprometida por várias áreas que se encontram em situação de risco. Entendemos que essa situação indica a fase da gestão ou de intervenção nas áreas de risco. Para o gerenciamento dessas áreas, conforme já respondido anteriormente, um dos importantes instrumentos é a realização do mapeamento das áreas de risco. Esses mapeamentos permitem que a municipalidade, especialmente por meio de sua Defesa Civil, tenha um documento orientativo para a definição de ações ou para o estabelecimento de planos de contingência ou planos preventivos mínimos para se antecipar às ocorrências catastróficas. Basicamente, os mapeamentos indicam as áreas em situação de risco, graduadas em Risco 1, mais baixo, até Risco 4, mais alto. Obviamente, as ações de acionamento e as possíveis remoções emergenciais das pessoas devem inicialmente ser direcionadas para as comunidades situadas nos maiores graus de risco. Dito isso, entendo que podemos impedir novas implantações de áreas de risco, por meio de um adequado planejamento. Para as áreas de risco já existentes, até que não se identifique uma solução definitiva para o problema, acredito que os mapeamentos de risco e planos de contingência, quando bem gerenciados, são valiosos instrumentos para prevenir ou mitigar, com alguma antecedência, a ocorrência de eventos desastrosos.


(APROGEO-SP) Quais as ações ideais e quais seriam as ações possíveis na prevenção ou minimização dos desastres ocorridos na região serrana do Rio de Janeiro? E em São Luis do Paraitinga?

(Geóg. Rogério Ribeiro) São duas situações um pouco distintas entre si, mas também valem para elas as ações ideais de prevenção, preparação para emergências e desastres, resposta e reconstrução, conforme dito anteriormente. Em São Luiz do Paraitinga, interior de São Paulo, acompanhamos um evento de inundação da planície do Rio São Luiz do Paraitinga, onde o nível da lâmina d' água atingiu a marca recorde de aproximadamente 11 metros, causando um verdadeiro desastre natural. A ocupação do espaço neste município é histórica, sendo a cidade fundada por volta de 1760. Todo o seu desenvolvimento e crescimento se deu basicamente às margens desse rio, onde se concentra, inclusive, boa parte de seu patrimônio histórico cultural tombado. Para essa realidade, acredito que seja necessária a implantação de um plano de contingência a inundação que observe as características da dinâmica fluvial desta bacia hidrográfica. Outra ação pode ser o investimento de recursos para o desenvolvimento de obras estruturais e não estruturais necessárias para minimizar futuros eventos. No caso do desastre desse ano no Rio de Janeiro, penso que deverão ser realizados outros estudos geomorfológicos e geotécnicos capazes de obter nova compreensão da suscetibilidade e vulnerabilidade desses terrenos. A partir desses documentos, e observando o preconizado nas legislações ambientais e urbanísticas existentes, entendo que o poder público terá condições de fazer um novo planejamento do uso de seu espaço incorporando o perigo lá existente. É mais um momento oportuno para que os municípios atingidos direta ou indiretamente corrijam algumas situações anômalas de ocupação urbana, mesmo que, em alguns casos, seja necessária a remoção definitiva de moradias, empresas ou demais equipamentos públicos e privados.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

O CÓDIGO FLORESTAL E A CIDADE - APROGEO-SP ENTREVISTA O GEÓGRAFO MÁRCIO ACKERMANN

A prevenção, contenção e recuperação de áreas de risco, além do planejamento ambiental e urbano, são importantes áreas de atuação para o geógrafo e formam mercado amplo que abrange desde a atuação em empresas privadas aos mais variados órgãos públicos.


Diante dos acidentes ocorridos nas últimas semanas nas regiões de Nova Friburgo (RJ), Ferraz de Vasconcelos (SP), Terezópolis (RJ) e Mauá (SP), além de outros municípios e regiões brasileiras e, considerando o papel do geógrafo na identificação, proteção, controle e monitoramento das áreas de risco de inundação e de escorregamento, APROGEO-SP abriu seu espaço, por meio do Blog, para comentar e discutir o tema. Para isso, publica uma entrevista com o Geógrafo Márcio Ackermann, Mestre pelo IPT desde 2003, que atua na área de consultoria ambiental há aproximadamente 20 anos.

Como sabemos, o estudo dos riscos da ocupação urbana em áreas de preservação permanente ou de alta instabilidade geotécnica não são nada recentes. Este assunto tem ganhado bastante projeção na mídia nos últimos tempos.

Aproveitamos para agradecer ao Geógr. Márcio pela entrevista concedida, que certamente contribui para o debate a respeito da expansão urbana e dos riscos. Convidamos a todos a participar, deixando suas dúvidas e comentários no blog!



Márcio Ackermann - Mestre pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) em 2003, Bacharel em Geografia pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP) em 1995 e Técnico Agrícola pela Escola Agrícola de Pinhal em 1985. Atuou durante 10 anos no Departamento Estadual de Proteção aos Recursos Naturais (DEPRN), onde trabalhou como geógrafo no Vale do Ribeira, na Região Metropolitana de São Paulo e como supervisor, da Equipe Técnica Avaré. Em 1997 fundou a Ackermann Consultoria Ambiental S/C Ltda., onde atua desde então. É afiliado da APROGEO-SP e foi vice-presidente da associçao entre os anos de 2008 e 2010.


ENTREVISTA:

(APROGEO-SP) Você tem dado uma série de entrevistas na mídia a respeito dos desastres que ocorreram recentemente em algumas cidades brasileiras, com escorregamentos e inundações em áreas urbanas. Poderia comentar um pouco sobre este assunto para o Blog da APROGEO-SP?

(Geog. Márcio Ackerman) Os recentes acidentes como escorregamentos, enchentes e inundações, na verdade são recorrentes e sazonais. O fato novo é que a imprensa começa a tratar o tema com vistas a identificar os responsáveis. A chuva não é a responsável por tantas mortes em Santa Catariana, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Grande Salvador e Grande São Paulo.

Há em nosso país legislações que tratam de políticas públicas preventivas a esses graves problemas; lamentavelmente pouco respeitadas. O Estatuto das Cidades, que disciplina a gestão urbana, a Lei 6.766/79, que regulamenta o parcelamento do solo, o Código Florestal que define as áreas de preservação permanentes, bem como demais diplomas legais no âmbito dos Estados e Municípios, estabelecem onde e como é possível implantar e desenvolver as distintas atividades humanas.

O licenciamento e a fiscalização dentre tantos outros serviços públicos, são precários. Isso quando não identificamos interesses políticos de pobre visão pública ou preocupados com benefícios privados que enfraquecem e desqualificam o sistema de licenciamento e fiscalização. Quadro que se observa em diferentes instâncias de poder e infelizmente, nos mais distintos partidos políticos.

Apenas para citar exemplos: em Mauá - ABC e Capão Redondo - São Paulo houve vítimas fatais decorrentes de escorregamentos. Tanto em Mauá quanto em São Paulo, os locais desses escorregamentos eram áreas de preservação permanentes de diferentes feições (nascentes, encosta com 45º, margem de curso d'água e topo de morro). Pois bem, em área urbana, o artigo 22 do Código Florestal em seu parágrafo único, define que a responsabilidade de fiscalizar essas áreas, em zona urbana é do município. Como também a Lei de Crimes Ambientais, na Seção dos Crimes contra a Administração Ambiental, em seu artigo 68 estabelece: “Deixar, aquele que tiver o dever legal ou contratual de fazê-lo, de cumprir obrigação de relevante interesse ambiental"... É Crime!Pena: detenção, de um a três anos, e multa. Ou seja, o responsável do poder executivo (o prefeito), nesses dois casos de escorregamento, deve, pela legislação em vigor, responder por crime. Como o prefeito de Niterói, da mesma forma, pelo escorregamento no morro do Bumba, lá inclusive mais grave, pois a municipalidade instalou infra-estrutura em local totalmente inadequado sob o aspecto geotécnico. (uma rua sobre um antigo lixão)

Neste sentido ressaltamos a importância desse meio de comunicação da APROGEO-SP, pois quanto mais informação e conseqüentemente, mobilização da sociedade, maiores serão as garantias para nossa reação


(APROGEO-SP) De que forma o Geógrafo pode atuar na prevenção de catástrofes como a que ocorreu na região serrana do estado do Rio de Janeiro, agora no ano de 2011?

(Geog. Márcio Ackerman) O Geógrafo é um profissional apto a contribuir tanto na prevenção, como no controle e no resgate, dessas catástrofes. Por exemplo, os Mapas de Declividade são fundamentais, pois encostas com inclinação entre 25º a 45º são suscetíveis a processos de instabilidade, o que pode ser agravado em decorrência do uso e ocupação do solo desordenado, e principalmente pelo inadequado escoamento das águas pluviais. Mapeamento das APP's como nascentes, topo de morro, encostas com 45º também são feições de relevo com restrições ao uso, conforme define o Código Florestal, que devidamente mapeadas podem colaborar em muito na prevenção. Ao associar tais mapas às condições de solo e à geologia, teremos maior refinamento na informação e nos resultados. Porém é importante destacar que a dinâmica superficial é um indutor independente das características geológico-geotécnicas.

Por exemplo, em Mauá o primeiro escorregamento de 05/01, que vitimou mãe e filho, foi resultado da dinâmica superficial, com encostas desflorestadas, topo de morro ocupado com drenagem inadequada, cabeceira de drenagem (nascente) e habitações precárias assentadas em jusante, associados ao alto índice pluviométrico. Independente do embasamento geológico as condições inapropriadas do uso e ocupação do solo, nesse caso, foram os fatores. Tais circunstâncias são perfeitamente identificadas por um bacharel em geografia.

As formas de contribuir são muitas, desde subsidiar o movimento social com informações para exigir das autoridades devidas providências (até na sala de aula), atuar em órgãos públicos, instruir Promotorias de Meio Ambiente das Comarcas (todos os Fóruns Judiciais), atuar no planejamento urbano com vistas a tais questões, na fiscalização e licenciamento de distintas atividades, enfim o geógrafo é um profissional que freqüentemente integra equipes que trabalham com esse problema. Na região serrana mesmo havia um estudo que apontava os riscos, este estudo foi desenvolvido por uma Professora de Geografia da UFRJ.


(APROGEO-SP) No dia 12/02/2011 será lançada a segunda edição do seu livro, A cidade e o Código Florestal. Como foi a experiência de escrever este livro e qual está sendo a receptividade do tema na sociedade brasileira?

(Geog. Márcio Ackerman) O livro é resultado da pesquisa de mestrado que desenvolvemos no IPT/SP. Aborda exatamente as funções que as áreas de preservação permanente exercem nas cidades, ou melhor, nas áreas urbanas, e a correlação direta com acidentes geológico-geotécnicos. Fizemos uma leitura convergente entre o Estatuto das Cidades e o Código Florestal; a pesquisa foi concluída com recomendações técnicas para os gestores públicos municipais tratarem da questão, inclusive tais recomendações tornaram-se um projeto de lei aprovado na Assembléia legislativa de São Paulo - PL 213/07. Este projeto foi vetado pelo então governador José Serra e, no momento, se busca a quebra do veto na Assembléia.

A experiência de escrever o livro, na verdade, foi muito devida à influência de profissionais e amigos que apoiaram a conclusão da pesquisa e indicaram a relevância do tema, dentre esses meu orientador Prof. Dr. Omar Yazbek Bitar, ao qual aproveito para agradecer.


(APROGEO-SP) Estamos vivendo um momento em que mudanças no Código Florestal Brasileiro estão sendo discutidas nos Plenários da Câmara dos Deputados e do Senado, com aprovação na Câmara. Quais são as principais mudanças propostas no novo texto do Código e como você as avalia?

(Geog. Márcio Ackerman) As mudanças propostas visam debilitar a Política Florestal Brasileira, na medida em que anistiam desmatamentos ilegais e recentes, eliminam feições de relevo definidas como APP - área de preservação permanente, como topo de morro e as planícies de inundação (o maior leito sazonal). Viabiliza a permanência das ocupações irregulares em APP como encostas com 45º, reduz o índice de reserva florestal, quando não elimina tal exigência, desregulamenta o Sistema Nacional de Meio Ambiente, favorece e fomenta desmatamento nos biomas da Mata Atlântica, Amazônia e Cerrado. Ignora que o Código Florestal também é aplicado em área urbana, em particular com relação às funções exercidas pelas APP's, o que certamente acentua o risco de eventos como os ocorridos na Região Serrana do Rio.

Enfim a alteração proposta não visa aperfeiçoar o Código florestal nem tão pouco favorecer a agricultura familiar e a pequena propriedade como enaltece o Deputado Aldo Rebelo (PCdoB), relator do projeto.


(APROGEO-SP) Baseado na sua experiência de quase duas décadas de atuação como geógrafo (17 anos), como você avalia a evolução do mercado de trabalho neste período e as perspectivas para a atuação dos geógrafos?

(Geog. Márcio Ackerman) Acho que o mercado de trabalho tem identificado o geógrafo, de forma crescente, como um profissional com habilidades e competências importantes, as quais exigem de nossa categoria maior divulgação, valorização e inserção. As perspectivas são promissora para todos aqueles que vão a luta.


(APROGEO-SP) Em 1997, você passou a atuar em sua própria consultoria ambiental. Quais são as principais características dos seus clientes e como tem sido a prospecção de projetos? Aconteceu alguma mudança na visão empresarial e pública a respeito das questões ambientais?

(Geog. Márcio Ackerman) A visão está mudando em toda sociedade, a legislação, a necessidade de licenciamento, enfim os avanços são significativos num intervalo de tempo relativamente curto.

Tornar-se empresário é um processo muito difícil, pois a atuação técnica não significa muito quando o assunto é administrar uma empresa, ou sua vida profissional. Estabelecer-se no mercado é um processo lento, que exige muito esforço e aperfeiçoamento contínuo, e não se trata de teoria. Aperfeiçoar-se como pessoa, na forma de se relacionar, manter sua postura ética, posições técnicas, sem necessariamente agir como polícia

Porém, vale destacar que apesar da aspereza do caminho os resultados são positivos ao longo do tempo, pois efetivamente vemos melhora em todos os setores de nossa vida. O que muitas vezes a rotina e a comodidade do poder público não exigem de nós. Importante destacar que se tornar empresário não foi uma opção, na época o governo de plantão cassava os técnicos que tinham por hábito atuar com rigor e compromisso com legislação e nesse processo fui à busca de melhores condições de trabalho (liberdade de atuação)

(APROGEO-SP) Qual a importância do CREA na sua atuação profissional? E como empresa?

(Geog. Márcio Ackerman) O CREA é nosso certificador, todos nossos trabalhos exigem ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, bem como, nossa empresa tem seu registro no CREA. Os profissionais que trabalham conosco precisam de registro no CREA. Vejo isso como positivo, com a ressalva de que precisamos lutar por nosso espaço!


(APROGEO-SP) Como podemos adquirir a segunda edição de seu livro?

(Geog. Márcio Ackerman) Convidamos a todos para o lançamento da segunda edição do Livro; A Cidade e o Código Florestal, neste sábado, dia 12 de fevereiro - Livraria Martins Fontes; Av. Paulista, 509, piso superior, a partir das 15:30h. Também é possível adquirir o livro por meio de solicitação no nosso site www.ackermann.com.br


Currículo Lattes de Márcio Ackermann

Consultoria Ambiental









sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Plenária do CONFEA

Assista hoje, entre 9h e 19h, a transmissão ao vivo da Sessão Plenária do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia) e fique por dentro das decisões relacionadas ao seu futuro profissional. Clique aqui.

Fonte: mailling do econfea@confea.org.br 28/01/2011

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

FIQUE POR DENTRO!
A APROGEO-SP divulga a legislação profissional dos geógrafos.

Questões como, direitos do profissional recém-formado, situação de profissionais sem rendimento, solicitação de registro ou reativação de registro, entre outros podem ser esclarecidas, levando em conta os direitos e obrigações do profissional devidamente registrado no sistema CONFEA-CREA.
Você também pode esclarecer suas dúvidas pelo site www.creasp.org.br, no espaço “Dúvidas Freqüentes”, aberto aos associados no Crea-SP e também pelo Call Center do conselho, pelos telefones (11) 2174-4466 ou 0800-171811 das 08:00h às 20:00.
Fonte: CREA-SP.
Revista Crea SP. Número 18, Jan/Fev, ano V. Crea: São Paulo, 2005.

CLIQUE AQUI PARA ACESSAR A LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

A APROGEO-SP convida seus associados a participar da primeira reunião mensal do ano de 2011, a ser realizada no dia 26 de janeiro de 2011, na Sede da Ong Pela VIDDA, localizada na Rua General Jardim 566 - Vl Buarque, São Paulo – SP, a partir das 19h:15min.

A reunião terá como foco as seguintes questões:

1. elaboração da grade de reuniões mensais para 2011.

2. reajuste do valor da anuidade e planejamento para envio dos boletos.

3. apresentação, seleção e hierarquização das ações a serem empreendidas durante 2011.

4. abordagens possíveis em relação à lei dos arquitetos e "urbanistas".


Local: Sede da ONG Pela VIDDA, localizada na R. General Jardim, nº 566 – Vila Buarque, São Paulo - SP.

Atenciosamente,

Diretoria da APROGEO-SP

Gestão 2010-2012