O geógrafo Renato Felippe, conselheiro titular da Câmara de
Agrimensura no Crea-SP, participou da 1965º Sessão Plenária do CREA-SP,
realizada no dia 16/05/2013, no auditório do Centro Técnico-Cultural do
CREA-SP, na Avenida Angélica, 2.364, Consolação, São Paulo/SP e apresentou o
seguinte repasse:
“Antes de mais nada,
gostaria de deixar claro que a ata desta reunião em breve estará disponível no
site do CREA-SP. Logo, o objetivo deste repasse é trazer à tona, de modo
parcial e por vezes passional, os temas e discussões que julguei serem
relevantes aos geógrafos e à sociedade. Vamos lá:
O presidente do Crea-SP,
Eng. Kurimori, iniciou os trabalhos com pontualidade, as 14h00, agradecendo a
presença do deputado estadual Marcos Neves (PSD), que fez rápida exposição
sobre o projeto de lei de sua autoria (PL 234/12) que dispõe sobre a criação do
Certificado Estadual de Inspeção Predial, válido por cinco anos e obrigatório
para todas as edificações com mais de três pavimentos. Em minha opinião, para além
do lugar-comum de que em nosso país só se coloca tranca depois da porta
arrombada, vale destacar que, caso o PL seja aprovado, será aberto um grande
mercado de trabalho para os engenheiros civis. Isto, quero acreditar, aliviará
um pouco a pressão que esta numerosa categoria profissional acaba exercendo
sobre a área de atuação das demais categorias do sistema Confea/Crea.
No espaço reservado
aos comunicados dos conselheiros, destaco os dois temas mais polêmicos. No
primeiro, a preocupação de um conselheiro com as instituições de ensino superior
que, para atender as exigências do mercado de trabalho, estão alterando o
currículo dos cursos de engenharia para formar um profissional mais generalista
e menos especialista. Bom, a partir desta lógica, os geógrafos, generalistas em
sua essência, estariam mais adaptados às demandas do mercado de trabalho?
Também causou bastante
desconforto a proposta de um conselheiro para que fosse revista a destinação de
repasses financeiros do Crea-SP às entidades de classe que possuem arquitetos
em seu estatuto social e no quadro de associados, uma vez que os arquitetos fundaram
o seu próprio conselho de classe. Vários conselheiros e o próprio presidente classificaram
essa manifestação como um ato de divisionismo. Este mesmo conselheiro, em seu último
pronunciamento, questionou por que certa “Faculdade de Filosofia, Letras e
Ciências Humanas da USP” estava pleiteando a renovação de sua representação no
Plenário, uma vez que aparentemente nada tem a ver com a engenharia. Como único
geógrafo no evento, achei melhor esclarecer aos conselheiros que a “Fefeleche”
oferece o curso de bacharelado em Geografia. Este episódio dá uma noção de como
os geógrafos são pouco conhecidos no sistema Confea/Crea.
O ponto negativo dos
comunicados ficou por conta de uma briga interna de poder entre conselheiros integrantes
do Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, manifestando suas
diferenças de forma bastante deselegante e constrangedora aos presentes. Roupa
suja se lava em casa e ponto final.
A seguir, foram realizadas
as votações. A maioria dos itens da pauta, que somavam mais de uma centena,
faziam referência aos repasses financeiros para eventos promovidos por
entidades de classe e à revalidação da representação de instituições e
entidades no Plenário do Crea-SP. Todas as propostas foram aprovadas por
maioria absoluta. Dos 184 conselheiros presentes à abertura dos trabalhos, 118 estavam
na última votação, quase chegando ao quórum mínimo de 109 presentes. A Plenária
foi encerrada às 17h30.”